Mapeamento Completo: Coletivos e Escolas de Surfe Feminino no Brasil [2025]
Você já sonhou em deslizar sobre as ondas, sentir a liberdade do mar e fazer parte de uma comunidade acolhedora de mulheres surfistas? O surfe feminino no Brasil vive um momento de expansão, com cada vez mais coletivos, escolas e projetos dedicados exclusivamente às mulheres surgindo em todas as regiões do país.
Neste guia completo e atualizado para 2025, mapeamos as principais iniciativas de surfe feminino no Brasil, organizadas por região. Seja você uma iniciante que nunca pisou em uma prancha ou uma surfista experiente buscando evoluir e encontrar sua tribo, este diretório vai ajudar você a encontrar o lugar perfeito para vivenciar toda a magia do surfe.
Coletivos de Surfe Feminino no Nordeste
A região Nordeste, com suas praias paradisíacas e ondas perfeitas durante o ano todo, tornou-se um verdadeiro celeiro de iniciativas voltadas ao surfe feminino. Do empoderamento à inclusão social, conheça os principais projetos que estão transformando a vida de mulheres através do surfe.
Pernambuco: Onde o Surfe Feminino Ganha Força
Todas Para o Mar (TPM)
Fundado em 2016 na Baía de Maracaípe, o coletivo TPM revolucionou o cenário do surfe feminino em Pernambuco. Mais que uma escola, o TPM é um movimento de empoderamento que vai muito além das ondas.
“Nosso objetivo é criar um ambiente seguro onde mulheres possam se conectar com o mar, com outras surfistas e, principalmente, com sua própria força interior”, explica Nuala Costa, idealizadora do projeto.
O que o TPM oferece:
•Aulas para todos os níveis de experiência
•Encontros regulares (Surf Days) para prática e networking
•Projeto social com crianças e adolescentes da comunidade
•Organização do Maraca Surf Festival, evento exclusivamente feminino
Como participar: Siga o Instagram @tpmtodasparaomar para informações sobre próximos encontros e aulas.
Bahia: Escolas e Projetos para Mulheres Surfistas
A Bahia, com seu litoral extenso e cultura vibrante, abriga iniciativas que combinam o surfe com o estilo de vida baiano, criando experiências únicas para mulheres surfistas.
Nayla Patrizzi Girls Surf Club
Localizado na deslumbrante Praia do Flamengo, em Salvador, o clube fundado pela instrutora Nayla Patrizzi se tornou referência para mulheres que desejam aprender a surfar em um ambiente exclusivamente feminino.
O diferencial do clube está na abordagem holística:
•Aulas para mulheres de todas as idades
•Treinos funcionais específicos para surfistas
•Práticas de yoga para melhorar equilíbrio e concentração
•Surf trips organizadas para destinos nacionais e internacionais
Como participar: Entre em contato pelo Instagram @naysurfclub para agendar aulas ou participar dos eventos.
Meninas do Mar
Em Itacaré, um dos principais destinos de surfe do Brasil, a ex-surfista profissional Jane Morais criou a escola Meninas do Mar, que se destaca pela metodologia inovadora.
Diferenciais da escola:
•Cursos intensivos de 3 a 5 dias
•Aulas filmadas para análise técnica posterior
•Níveis básico, intermediário e infantil
•Ambiente acolhedor para iniciantes
“Filmar as alunas é fundamental para o aprendizado. Quando elas se veem surfando, percebem detalhes que passariam despercebidos e evoluem muito mais rápido”, explica Jane.
Como participar: Acesse o Instagram @meninasdomar para informações sobre os próximos cursos.
Ceará: Iniciativas que Transformam Vidas
O Ceará, berço de grandes nomes do surfe brasileiro, também abriga projetos sociais que usam o esporte como ferramenta de transformação.
Surf das Manas
Na icônica praia do Titanzinho, em Fortaleza, o projeto Surf das Manas vai muito além do ensino do esporte. A iniciativa utiliza o surfe como plataforma para discutir temas como feminismo, violência contra a mulher e questões territoriais.
O projeto se destaca por:
•Foco em mulheres de comunidades periféricas
•Discussões sobre empoderamento feminino
•Combate à violência contra a mulher
•Criação de rede de apoio comunitária
“O surfe é apenas o começo da conversa. Quando uma mulher conquista confiança para enfrentar as ondas, ela também ganha coragem para enfrentar outros desafios da vida”, afirma uma das coordenadoras do projeto.
Escolas de Surfe para Mulheres no Sudeste
A região Sudeste, com suas metrópoles à beira-mar, oferece um contraste interessante entre o ritmo urbano e a conexão com a natureza proporcionada pelo surfe. Conheça as principais iniciativas que estão democratizando o acesso ao esporte para mulheres.
Rio de Janeiro: Berço de Projetos Inclusivos
Érica Prado Surf
A jornalista e ex-surfista profissional Érica Prado se tornou uma das grandes incentivadoras do surfe feminino no Brasil. Além de dar aulas no Rio de Janeiro, ela fundou o movimento Surfistas Negras, que promove a inclusão e representatividade no esporte.
O trabalho de Érica se destaca por:
•Aulas técnicas baseadas em sua experiência profissional
•Foco em inclusão e diversidade
•Apresentação do canal Woohoo e podcast Na Praia Delas
•Mentoria para surfistas em desenvolvimento
Como participar: Siga o Instagram @ericaprado7 para informações sobre aulas e eventos.
Surfistas Negras
Fundado por Érica Prado, o movimento Surfistas Negras tem como missão aumentar a representatividade de mulheres negras no surfe brasileiro, combatendo o racismo estrutural no esporte e criando oportunidades para novas gerações.
O movimento realiza:
•Encontros regulares em praias cariocas
•Campanhas de conscientização sobre racismo no esporte
•Aulas gratuitas para mulheres negras
•Mentoria para atletas em desenvolvimento
Como participar: Acompanhe o Instagram @surfistasnegras para informações sobre próximos eventos.
São Paulo: Aprendizado e Comunidade
Escola Pública de Surf de Santos
Reconhecida como patrimônio cultural da cidade de Santos em janeiro de 2025, a Escola Pública de Surf é pioneira em democratizar o acesso ao esporte. Com turmas exclusivas para mulheres, a escola tem se destacado pela qualidade do ensino e pelo impacto social.
Diferenciais da escola:
•Aulas gratuitas para moradoras da região
•Professoras mulheres para turmas femininas
•Equipamentos de qualidade disponíveis para alunas
•Metodologia adaptada para diferentes faixas etárias
“Nossa escola de surfe é pioneira em aproximar as pessoas dessa atmosfera que faz tão bem para o corpo e para a alma, com atenção profissional”, destaca a coordenação do projeto.
Projetos de Surfe Feminino na Região Sul
O Sul do Brasil, com suas ondas consistentes e água mais fria, abriga uma comunidade surfista apaixonada e resiliente. As iniciativas da região se destacam pela organização e profissionalismo.
Santa Catarina: Referência em Surfe para Mulheres
Gals at the Sea
Com sede em Florianópolis (e também em Ubatuba/SP), o Gals at the Sea já ajudou mais de 1000 mulheres a desenvolverem seu potencial no surfe. A iniciativa se destaca pela abordagem profissional e pelas experiências completas que oferece.
O que o Gals at the Sea oferece:
•Aulas regulares para todos os níveis
•Surf camps imersivos
•Viagens nacionais e internacionais (Costa Rica, El Salvador, Peru)
•Comunidade ativa de surfistas mulheres
“Nosso objetivo é criar um ambiente onde mulheres possam se sentir confortáveis para aprender, evoluir e se divertir no surfe, sem julgamentos ou pressões”, explica a fundadora do projeto.
Como participar: Acesse o Instagram @galsatthesea para conhecer a programação de aulas e viagens.
Projeto Surf Social
Localizado em Florianópolis, o Projeto Surf Social oferece aulas gratuitas para crianças e adolescentes do Morro do 25, com foco especial em meninas. A iniciativa utiliza o surfe como ferramenta de empoderamento e inclusão social.
O projeto se destaca por:
•Aulas gratuitas para meninas da comunidade
•Fornecimento de equipamentos e materiais
•Acompanhamento escolar das participantes
•Preparação para competições locais
Como participar ou apoiar: Siga o Instagram @projetosurfsocial para conhecer o trabalho e formas de contribuir.
Paraná: Novas Ondas no Surfe Feminino
Escola de Surf Comunitária de Pontal do Sul
Este projeto social tem conquistado reconhecimento por seu trabalho com jovens surfistas, incluindo um foco especial no desenvolvimento do surfe feminino. A escola já conquistou medalhas em competições regionais e se tornou um ponto de encontro para mulheres que desejam aprender o esporte.
Diferenciais da escola:
•Turmas exclusivas para mulheres
•Foco em desenvolvimento técnico
•Participação em competições regionais
•Integração com a comunidade local
Iniciativas Nacionais de Apoio ao Surfe Feminino
Além dos projetos regionais, existem iniciativas de alcance nacional que estão transformando o cenário do surfe feminino brasileiro.
CBSurf Talento Feminino
Programa da Confederação Brasileira de Surfe que promove eventos para novas gerações do surf feminino, com treinamentos, workshops e atividades voltadas à formação. Em 2025, o programa expandiu suas atividades, realizando etapas em diferentes regiões do país.
O programa oferece:
•Treinamentos técnicos com profissionais renomados
•Workshops sobre carreira no surfe
•Simulações de competições
•Atividades voltadas à formação integral das atletas
Como participar: Acompanhe o site oficial da CBSurf para informações sobre seletivas e próximos eventos.
Surf com Elas
Empresa que incentiva, apoia e trabalha em prol da evolução das amantes do surf por todo o Brasil por meio de treinos personalizados. A iniciativa se destaca pela metodologia focada nas necessidades específicas das mulheres no surfe.
O que o Surf com Elas oferece:
•Treinos personalizados para diferentes níveis
•Consultoria online para surfistas de todo o país
•Eventos itinerantes em diferentes praias brasileiras
•Comunidade online de apoio e troca de experiências
Como participar: Siga o Instagram @surfcomelas para informações sobre próximos eventos e treinos.
Como Escolher o Coletivo ou Escola Ideal para Você
Com tantas opções disponíveis, pode ser desafiador escolher qual iniciativa melhor se adapta às suas necessidades. Aqui estão algumas dicas para ajudar na sua decisão:
1.Considere seu nível de experiência: Algumas escolas são mais focadas em iniciantes, enquanto outras oferecem programas para surfistas experientes.
2.Avalie a localização: Escolha um local de fácil acesso para você, considerando transporte e tempo de deslocamento.
3.Verifique a metodologia: Cada escola tem sua abordagem única. Algumas são mais técnicas, outras mais holísticas.
4.Conheça as instrutoras: A conexão com quem vai te ensinar é fundamental para o aprendizado.
5.Observe a comunidade: O surfe é também sobre conexões. Busque um grupo onde você se sinta acolhida e representada.
6.Avalie o custo-benefício: Compare valores, frequência das aulas e o que está incluso (como equipamentos).
7.Experimente antes de se comprometer: Muitas escolas oferecem aulas experimentais ou day passes.
Perguntas Frequentes sobre Surfe Feminino no Brasil
Preciso ter experiência prévia para participar dos coletivos?
Não! A maioria dos coletivos e escolas aceita mulheres de todos os níveis, desde iniciantes absolutas até surfistas experientes. O importante é verificar se a iniciativa oferece turmas adequadas ao seu nível.
Qual a idade mínima/máxima para começar a surfar?
Não existe idade limite para aprender a surfar! Há projetos com turmas infantis a partir dos 5-6 anos, e muitas escolas têm alunas com mais de 60 anos. O importante é respeitar seus limites e escolher uma metodologia adequada à sua condição física.
Preciso ter equipamento próprio?
A maioria das escolas e coletivos fornece pranchas e, em alguns casos, wetsuits para as aulas. Para participantes regulares, eventualmente é recomendado adquirir equipamento próprio, mas isso pode ser feito gradualmente com a orientação das instrutoras.
Quanto custa participar de um coletivo de surfe?
Os valores variam muito. Existem projetos sociais gratuitos, coletivos que funcionam por contribuição voluntária e escolas com valores que variam por aula, dependendo da região e do formato (individual ou em grupo).
O surfe é seguro para mulheres?
Sim! Com orientação adequada, equipamento correto e respeito às condições do mar, o surfe é um esporte seguro e extremamente benéfico para mulheres de todas as idades. As escolas e coletivos femininos são especialmente atentos às questões de segurança.
O surfe feminino no Brasil está em constante evolução, com novas iniciativas surgindo a cada dia. Este mapeamento será atualizado regularmente para incluir novos coletivos, escolas e projetos. Se você conhece alguma iniciativa que não foi mencionada, deixe nos comentários para que possamos incluir na próxima atualização!
Lembre-se: o mar é para todas. Encontre sua tribo, pegue sua prancha e sinta a liberdade de deslizar sobre as ondas. O surfe feminino espera por você!
Este artigo foi atualizado em Junho de 2025 com as informações mais recentes sobre coletivos e escolas de surfe feminino no Brasil.
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